segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

20 e poucos anos



"Você já sabe
Me conhece muito bem
E eu sou capaz de ir e
Vou muito mais além
Do que você imagina...
Eu não desisto
Assim tão fácil meu amor
Das coisas que
Eu quero fazer
E ainda não fiz
Na vida tudo tem seu preço
Seu valor
E eu só quero dessa vida
É ser feliz
Eu não abro mão...

Nem por você
Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos
Quero saber bem mais
Que os meus 20
E poucos anos...

Tem gente ainda
Me esperando prá contar
As novidades que eu
Já canso de saber
Eu sei também
Tem gente me enganando
Ah! Ah!
Mas que bobagem
Já é tempo de crescer
Eu não abro mão..."


Estou chegando aos meus 20 e poucos anos...
Você que já tá na idade de ter uma personalidade formada, mas não o suficiente pra discernir o que é bom pra você. Deve saber o que quer da vida, o que vai ser quando crescer, mas não maduro o suficiente pra fazer suas vontades. É idade de arcar com as consequências de seus atos, mas não o suficiente pra tomá-los. Está na hora de se virar sozinho, mas com ajuda!
Está na hora de você virar adulto, sendo uma criança...

Hora de viver, você e seus 20 e poucos anos!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Para você

   Eu poderia dizer de várias formas o quanto gosto de você.

   Eu poderia recitar mil poemas, cantar várias canções ou cantarolar velhas cantigas. Poderia te mimar como uma princesa ou até mesmo te confortar como uma plebéia. Com inúmeras palavras do dicionário poderia te falar frases dignas de lágrimas de shakespeare.
   Eu poderia te dar o mundo. Comprar presentes caros, nomear estrelas, entregar flores e cartôes. Escrever cartas quilométricas, repassar o objeto mais valioso da família, desde a tiara de outro da avó ao velho jogo de botões do avô. E quando você estivesse com todos os objetos do mundo, te traria um mundo novo.
   Eu poderia gritar declarações de amor na janela, relatar a todos os vizinhos meu amor por você. Naquele show da sua banda favorita, eu subiria no palco por você. Nosso nome passaria na tela de cinema daquele filme de amor, e até naquele boteco esquecido que você tanto adora, eu estaria em cima da mesa para atestar meu amor por você.

   Eu poderia fazer tudo. No entanto, diante do meu humilde amor, eu apenas me comprometo a acordar todos os dias da minha vida ao seu lado e te dizer, de toda a minha sinceridade, seu clichê favorito: Eu amo você!

domingo, 11 de setembro de 2011

Conto ao senhor



Ele assiste a vida passar...

Seu antônio sentado em sua cadeira cadeira de alpendre, vê os carros e as pessoas passando na pacata cidade...Não por escolha, nem por obrigação, mas as consequências da vida o levaram a isso, após uma grave doença atingir sua saúde.
Não tem to que se queixar, possui uma família unida. Sua esposa zela por ele, seus filhos e netos o amam, seus amigos o respeitam, mas sua consciência não pára de questionar oq seria da sua vida se não fosse pelas escolhas tomadas. O que se baseia os prazeres da sua vida, se não em passar tardes de domingo com a família, assistir ao jogo, tomar uma cerveja antes do almoço e fazer palavras cruzadas no bar da esquina.
Os problemas o rodeiam; a quem não tem problemas? Mas com o passar dos seus tantos anos, o único problema verdadeiro é a memória que irá deixar... Qual é o seu legado?

Ele assiste a vida passar...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Requiem para uma flor



Fruto do mundo
Somos os homens
Pequenos girassois
Dos que mostram a cara
E enorme as montanhas
Que não dizem nada

Incapaces los hombres
Que hablam de todo
Y sufrem callados



Posto aqui essa música que me diz muito... Uma das frases mais mexeram comigo se diz acima; "Incapaces los hombes, que hablam de todo y sufrem callados"!

Eu sei que mal falo o português, mas pela  tradução esdruxula significaria "Homens incapazes; falam sobre tudo e sofrem em silêncio".
De fato não é verdade? Pense em quantas vezes o ser humano não remoe seus sentimentos para usar a majestosa máscara do "eu não me importo".
Estou de saco cheio e não quero enrolar, por isso digo: Posso falar muita besteira por aqui, mas uma coisa a se admitir sempre, voçê já maquiou um sentimento!!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ao Dia do Rock!

Tô sem idéias para postagem hje e em minha cabeça um só sentimento se aloja, saudade! Entretando, depois da puxada de orelha da Vanessa Paliares, me senti na obrigação de atualizar o blog.
Pra não encher o saco com mais um post melancólico e piegas, taí esse micro post em homenagem ao dia do rock... Um dia simbólico ao que pra mim é comemorado todo santo dia!!!!

domingo, 1 de maio de 2011

Necessidade do alguém



Vegetando aqui na sacada do quarto eu reparei em uma coisa engraçada: Haviam três cachorros passando pela rua, em bando... Pararam por um pouco aqui no prédio, fuçaram, cagaram, brincaram e depois foram embora, os três juntos.
Vendo os dogs eu fiquei pensando, o quão forte é a necessidade de um ser não só humano, mas de todo ser vivo de ter uma companhia?
Eu acredito que alguém tenha a capacidade de viver sozinho, não sei se uma vida toda, mas um tempo só às vezes é importante, até pra perceber como é crucial ter uma companhia. Mas vendo outras pessoas juntas, vivendo em sintonia, instiga o desejo de se ter o mesmo, soando até como inveja, egoismo, eu sei lá.
A questão é a dificuldade de achar pessoas pra dividir interesses e propósitos, ou só pra dividir, ponto. A cabeça do ser humano é tão complexa e cruel, não é normal da capacidade humana trancar suas agonias e sentimentos pra você mesmo.
Não é suficiente o bastante ter os mesmos gostos e interesses, a mesma sintonia, se o crucial não se tem: a vontade de dividir isso!!! Já vi muitas pessoas perfeitas juntas, seja numa relação amorosa, carnal, amigável ou até familiar, mas sem intenção nenhuma de se relacionarem; que lástima. Como pode duas ou mais serem tão propícias a terem algum tipo de relação e mesmo assim não assumirem o fardo?
Eu poderia citar vários exemplos agora, fictícios ou não, que serviriam perfeitamente de exemplo da necessitade de se ter uma pessoa ao lado... Poderia citar aquele filme gay do Wall-E, do filme Naufrago e o famoso Wilson, citar amigos meus, e uma porrada de outros exemplos... Mas tô sem saco pra isso!

Lembrei de uma música agora, do Pato Fu... "Eu queria tanto encontrar uma pessoa como eu, para que eu possa confessar alguma coisa sobre mim". Puta música por sinal!

Fiquei pensando o que aconteceria se um dos três cachorros dos quais eu falei morresse atropelado, ou apanhado pela carrocinha...

domingo, 3 de abril de 2011

Bad Luck Blue Eyes... Goodbye




"With my winter time
My idols and stage fright
In another night
Where the lights are loud and bright

One dream from waking up saved
Too shy to hold in the rage

I know no luxury
Of knowing what your eyes read
I know one million ways
To always pick the wrong thing to say

A love that you never gave
Always a time zone away
It's not out of spite
I know what's right

Bad Luck Blue Eyes Goodbye

Sometimes a memory
Only sees what it wants to believe
And what's filled in between
Are days and nights that don't mean a thing

Such a simple suicide
A second chance never tried
And you don't understand
I need a helping hand

So you think that you've seen it all
Is that a fact?
So out your mouth a dictionary
Spouts about this and that
You got your do's, your don'ts
Because and why
I don't trust no one who don't
Take their own advice

Bad Luck Blue Eyes Goodbye"


Essa música me faz lembrar de casa... Além de ser do caralho!!!!
The Black Crowes galera...
Abraço!

terça-feira, 22 de março de 2011

Na Cadência do samba...



"Sim, minha carne é de carnaval e meu coração é igual!

Das maravilhas de uma terra de todos, da diversidade e de todas as raças, o samba dela é o que me deixa mole, alegria contagiante. Afinal quem não gosta, ou é ruim da cabeça, ou é doente do pé.

Da alegria contagiante, tinindo trincando à dança da solidão, pura melancolia poética de um coração leviano que logo se transforma no "verde que te quero rosa". No pagode do vavá ou no samba do Arnesto, uma feijoada completa a uma roda viva de sentimentos, esse rio que passou em minha vida desagua na mais nobre das heranças dessa terra, a nobreza do samba.

A malandragem, o copo cheio naquela mesa de bar, entre cavacos e pandeiros até o defunto caguete cai as graças desse ai que é o homem. Porque sempre vamos apertar, mas nem  acenderei agora. Afinal, malandro é malandro e mané é mané!

Meu conselho? É deixar de lado esse baixo astral, erguer a cabeça e e tocar um samba, seja de avião ou de uma nota só ou até makossa, mas nunca se deixar levada por esse moinho que é o mundo.

Afinal, quero sim morrer numa batucada de bamba, nessa cadência bonita do samba!"

Conselho Médico

"Quando estamos doentes, afinal não temos outro remédio senão tomar remédio.

O remédio, aliás, sempre faz bem. Ou faz bem ao doente que o toma com muita fé; ou ao droguista que o fabrica com muito carinho; ou ao comerciante que o vende com um pequeno lucro de 300 por cento.

Mas apesar do bem que fazem, devemos convir que há remédios verdadeiramente repugnantes, que provocam engulhos e violentas reações de repulsa do estômago.

Como devemos tomar esses remédios repugnantes? Aí está o problema que procuraremos resolver para orientar os nossos dignos e anêmicos leitores.

O melhor meio de vencer as náuseas, quando temos que ingerir um remédio repelente, consiste em recorrer à lógica dos rodeios, adotando os métodos indiretos, até chegar à auto-sugestão, transformando assim o remédio repugnante numa coisa que seja agradável ao paladar. Numa palavra, devemos tomar o remédio com cerveja, por exemplo.

Como devemos proceder para chegarmos a esse magnífico resultado?

É indispensável comprar, antes do remédio, uma garrafa de cerveja. Depois, é necessário bebê-la devagar, saboreando-a, para sentir-lhe bem o gosto. Liquidada a primeira garrafa, pedimos outra cerveja. Esta   vamos tomá-la de outra forma, também devagar, mas com a idéia posta no remédio, cuja lembrança naturalmente nos provocará asco. Para voltarmos ao normal, encomendamos uma terceira garrafa, com a qual, lembrando-nos sempre do remédio, iremos dominando e vencendo a repugnância. Na altura da quinta ou undécima garrafa, nós já estaremos convencidos de que o gosto do remédio deve ser muito semelhante ao da cerveja e, assim, já poderíamos beber calmamente o remédio como cerveja. Mas, como não temos o remédio no momento e já não temos muita força nas pernas para ir à farmácia, então continuamos a beber a infusão de lúpulo e cevada, até chegarmos a esta notável conclusão: se é possível chegar a se tomar um remédio tão repugnante como cerveja, muito mais lógico será que passemos a tomar cerveja como remédio, porque a ordem dos fatores não altera o produto, quando está convenientemente engarrafado."



"Andarilho da liberdade", Barão de Itararé.

segunda-feira, 21 de março de 2011

                                



Nowhere Man

He's a real nowhere man,
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans
for nobody.

Doesn't have a point of view,
Knows not where he's going to,
Isn't he a bit like you and me?

Nowhere man, please listen,
You don't know what you're missing,
Nowhere man, the world is at your command.

He's as blind as he can be,
Just sees what he wants to see,
Nowhere man can you see me at all?

Nowhere man, don't worry,
Take your time, don't hurry,
Leave it all 'till somebody else
Lends you a hand.

Doesn't have a point of view,
Knows not where he's going to,
Isn't he a bit like you and me?

Nowhere man, please listen,
You don't know what you're missing,
Nowhere man, the world is at your command.

He's a real nowhere man,
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans
For nobody.
Making all his nowhere plans
for nobody.
Making all his nowhere plans
For nobody.


"Isn't he a bit like you and me?"

O peso da escolha



"Seu destino é você quem faz". Essa típica frase de velho sábio da montanha me pegou nesse dia frio em Ponta Grossa city. Fazer escolhar não é fácil, as vezes gostaria de nem fazê-las, mas não se dá pra viver no seu quarto pra sempre...
Pensando muito em uma escolha errada que tomei recentemente me fez pensar em todas as minhas escolhas e como isso refletiu em mim. Tais escolhas influenciam muitas vezes não só a você mas algumas pessoas em sua volta. Uma maçã podre estraga as outras?! De fato, a metáfora mais tosca que eu já ouvi não se enquadra apenas em más companhias, mas também em decisões tóxicas que acabam tornando seu conto de fadas em um fétido mundo de escuridão. Como reverter esse processo? simplesmente encarando!
É, falar é fácil... sempre é! Mas ter a coragem para realizar tal feito é o que lhe faz acreditar na nobreza da natureza humana. Pra mim a natureza humana não é nem um pouco nobre, muito pelo contrário; se pudesse ter nascido uma cabra que seja, seria sem sombra de dúvidas.
Cabras à parte, essas escolhas erradas muitas vezes te puxam para um poço de lástima difícil de sair... Quem sabe se o tempo passasse com as consequências eu faria isso com mais frequência, entretando o agora é tão difícil de encarar quanto a sina da morte.

Pensando na idéia de que você é o que você faz, nessa segunda-feira de março, eu sou a pior pessoa do mundo.

domingo, 20 de março de 2011

Prelúdio



"Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade"


 Prelúdio, tirado do dicionário mestre (vulgo Wikipédia), seria "um gênero musical de obras introdutórias de outras obras maiores, geralmente uma ópera ou balé. Difere-se da abertura por antecipar temas da obra que antecede; normalmente nas aberturas os temas não se repetem no decorrer da obra.". Por assim dizer, se faz aqui o prelúdio desse blog, o que eu ainda não faço idéia do que será.
O prelúdio alí em cima, meu favorito, é um trecho do maluco beleza Raulzito, o qual escuto desde girino pelos meus pais. Meus pais... Agora com duas décadas de existência e quase experiência, vivendo e tendo que me limpar sozinho, começo a sentir falta daquelas duas figuras.
Aliás, pra que existe saudade se não para ser sentida? Reclamam de saudade e com razão, sentimento mais fétido impossível, porém me sinto bem tendo saudades... Às vezes sinto saudade das minhas saudades! A saudade dos amigos, a nostalgia, a saudade daquele almoço da semana passada, a saudade de acabar de matar a saudade.
"Chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza. É só tristeza e melancolia" já dizia Tom Jobim. Particularmente gosto da minha melancolia, acho uma caracterísica bonita, poética, uma carapuça que não serve em qualquer um.
Enfim, saudade remete uma lembrança, sendo assim esse prelúdio dita que tudo gira em torno de lembranças. A que me vem na memória agora é uma cena de alguns bons anos atrás, 8 ou 9 anos; eu e meu pai no quintal da minha antiga casa em Tanabi, com a caixa de som reformada que ficava do lado direito daquele sonzinho antigo junto dos várioas vinis do meu velho, ouvindo de Iron Maiden a Chico Buarque até altas horas da madrugada. Ele com um copo de cuba falseta, feita com vodka balalaika, às vezes Smirnoff (quando o santo ajudava), coca cola e limão, fumando um cigarro e olhando para o nada, eu simplesmente pirralho. Passamos várias noites assim e esse era e é ainda hoje meu acalanto.

Meu acalanto agora me faz ter sono. Boa noite.